"Vós sois o futuro do mundo, a esperança da Igreja. Vós sois a minha esperança.”
(João Paulo II na Jornada Mundial da Juventude)
Há exatamente um ano, o Papa João Paulo II era beatificado por seu sucessor, Bento XVI, na Praça São Pedro, no Vaticano. A cerimônia, considerada uma das maiores da história da Igreja pelo número de pessoas, contou com a presença de cerca de um milhão e meio de peregrinos.
Se fossemos testemunhar o que João Paulo II foi e fez durante os 26 anos de pontificado, não teríamos folhas, de tão grandiosos testemunhos que iriam aparecer por aqui, mas o que podemos dizer é que João Paulo II ficou marcado por sua espontaneidade, simpatia, por ser um homem de profunda oração e grande amor pela vida humana.
Com o seu testemunho de amor e de coragem na fé apostólica ajudou a nós cristãos de todo o mundo a não ter medo de se dizer cristãos, de pertencer à Igreja, de falar do Evangelho. Numa palavra, ajudou-nos a não ter medo da verdade, porque a verdade é garantia de liberdade, e o instinto do povo não se enganava quando via no Papa Wojtyla um homem de Deus, desde o inicio de seu pontificado. Aqueles que estiveram com ele percebiam que a fé era destacada no calor sereno e viril da voz, no olhar profundo, afetuoso e calmo, na paz com que abraçava o seu serviço sacrificado e incansável.
E com isso temos a certeza que a missão de João Paulo II foi preparar o mundo para o novo Milênio, mostrar realmente o sentido da fé deixada por nossos antepassados e ao mesmo tempo nos encorajar e conclamar a nós católicos e homens de boa vontade a olhar para o futuro com esperança quando disse na abertura de seu pontificado: “Não tenhais medo de abrir as portas para Jesus Cristo. Abri, escancarai as portas para Jesus! Só Jesus sabe o que há no coração do homem!”.
“Que frase, que percepção: só Jesus sabe o que há no coração do homem! Só em Jesus as verdadeiras sedes, os verdadeiros desideratos do homem são saciados e a humanidade encontrará paz duradoura! É nesse contexto que vimos João Paulo II na defesa intransigente dos valores do Evangelho, sem temer ser incompreendido pelo mundo: porque não são o pensamento da moda, Só Jesus pode saciá-lo porque só Jesus o conhece! O mistério do homem somente se clarifica à luz do mistério do Cristo! Daí também sua paixão pelo homem, por sua dignidade! Esse homem a quem o Filho de Deus assumiu fazendo-se ele mesmo humano, esse homem amado pelo Pai, a ponto de enviar-lhe o seu Filho bendito, esse homem tantas vezes agredido e agressor, soberbo e humilhado... Nascia daqui, dessa percepção profunda, a defesa louca, apaixonada, absoluta pela vida humana: os pobres, os marginalizados, os perseguidos, os embriões humanos agredidos pela prática abortiva e pelos procedimentos “científicos” de uma Ciência desprovida de princípios éticos. Nascia dessa fonte o seu grito pela paz e contra todas as guerras e opressões. Daqui brotava o respeito profundo por qualquer ser humano, fosse qual fosse sua religião, sua ideologia. Respeitava a todos e a todos amou, não pelo que as pessoas faziam, mas pelo que as pessoas eram: imagem de Deus em Cristo Jesus, destinadas à eternidade.” (SOARES 2009)
Com esta frase de esperança, nos atenhamo-nos também a fé de João Paulo II, uma fé segura, sólida e feliz, podemos até dizer que lhe saía por todos os poros do corpo e da alma. Fazendo-nos meditar que a “Fé e a razão constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, em última análise, de O conhecer a Ele, para que, conhecendo-O e amando-O, possa chegar também à verdade plena sobre si próprio” (FIDES ET RATIO 1998) isso fez com que acreditássemos realmente em Deus e em seu filho Jesus Cristo, único Salvador e Redentor do mundo; João Paulo II nos fez acreditar plenamente no chamado à salvação que está em Cristo Jesus; nos fez acreditar, com confiança de filhos, na intercessão da santíssima Virgem Maria, em cujos braços maternos se abandonou muito cedo, declarando-se Totus tuus! -”Todo teu!”.
Por fim, falar de João Paulo II e não falar do seu amor à juventude é deixar este texto sem o “Grand Finale” afinal somos e sempre seremos a Geração João Paulo II, de um homem que foi o defensor incansável da Verdade. Não de uma verdade para um grupo religioso, mas da grande Verdade, buscada por toda a humanidade e com isso nos tornamos jovens comprometidos com esta verdade e com o serviço do reino. Graças a João Paulo II nos tornamos “Um novo sol que se levanta sobre a nova civilização que hoje nasce; tornamo-nos uma corrente mais forte que o ódio e que a morte. Pois já sabemos, que o caminho é o amor” e este mesmo amor professado pelo Beato João Paulo II à juventude Que nos faz buscar hoje “Aqui sob essa mesma luz, Sob essa mesma cruz, cantando a uma só voz o Emanuel”.
Beato João Paulo II Rogai por Nós!
Rodolpho Raphael - @RodolphoRR
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