Quaresma tempo de pedir Perdão e Perdoar

Reflexão do Evangelho da Quarta-Feira da I Semana da Quaresma no Ofício Divino em Esperança -PB  (Lc. 11, 29- 32)
 
RODOLPHO RAPHAEL
Amados irmãos e Irmãs, neste último dia do mês de Fevereiro, a liturgia nos apresenta uma acusação muito forte de Jesus contra os fariseus e os escribas. Queriam que Jesus lhes mostrasse um sinal, porque não acreditavam nos sinais e nos milagres que estava realizando.
Ao mesmo tempo, o Evangelho nos atrai a centrar nossa esperança no mesmo Jesus Cristo, aquele que irá nos salvar, está sempre conosco e não nos abandonou: O cristianismo é graça, é a surpresa de um Deus que, não satisfeito com criar o mundo e o homem, saiu ao encontro da sua criatura» (João Paulo II).
Para nos situarmos, voltamos à reflexão de ontem para fazer um gancho com a de hoje. Ontem dizia que A oração é uma busca incessante por Deus, é uma atitude exterior que provem do coração e se torna a mediadora entre Deus (o ser onisciente, onipresente, onipotente) e os homens”.
Deus ansiava meus amados, em arrebanhar novamente o povo afastado de Nínive, mas Deus não poderia interferir no Livre Arbítrio e envio Jonas para profetizar o fim daquela cidade em 40 dias, com este anuncio, os ninivitas se vestiram como escravos (com sacos do inferior ao superior) começaram então a fazer jejuns e orações, até o Rei se levantou do seu trono e decidiu em sinal de penitência e arrependimento dos pecados tirar seu manto e vestir-se de Sacos além de sentar-se em cima das cinzas. Para que Deus os perdoa-se e não emplacasse a sua ira profetizada por Jonas.
Hoje, Jesus nos diz que o sinal que dará à “geração malvada”, de fato, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. Da mesma maneira que Jonas deixou que o lançasse pela margem para acalmar a tempestade que ameaçava afundá-los, Jesus permitiu que o lançassem pela margem para acalmar as tempestades do pecado que põem em perigo nossas vidas.
Deus foi misericordioso com o povo de Nínive e também conosco, o sinal que Jesus dará aos “malvados” de cada geração é sua morte e ressurreição. Sua morte, aceita livremente, é o sinal do incrível amor de Deus por nós: Jesus deu sua vida para salvar a minha, a sua a nossa vida e muitas vezes somos mal agradecidos. Convido a você meu amado, a fazer uma reflexão sobre sua vida e pensar se há alguma mensagem do Evangelho na qual você não acredita e, por isso, não a vive como Jesus ensinou. Reflita Será que esperamos algum outro sinal a não ser o da cruz?
Não deixemos passar a oportunidade que nos oferece a Igreja: Este é o momento favorável, é o dia da salvação, o perdão “é o modo como Deus vence”. “Apesar da nossa fragilidade, o Senhor, rico de misericórdia e de perdão, transforma a vida do homem e o chama a segui-lo”.  O amor de Deus é um amor sem fim, perdoemos os nossos irmãos, perdoemos aquelas pessoas da nossa família que não nos falamos... Deus que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, pelos nossos pecados, para nos perdoar.  Porque insistimos em não pedir perdão ou perdoar alguém?
Um perdão meus irmãos nasce da conversão do coração, da humildade, do reconhecer-se pecadores. O perdão vem da Cruz; ele transforma a nossa vida com o amor que se doa. O seu coração aberto na Cruz é a porta através da qual a graça do perdão entra em nossas vidas E somente essa graça pode transformar o mundo e edificar a paz.
Que nesta quaresma tenhamos a Graça de perdoar, nossos irmãos, de não pagar  o mal com o mal, muito menos as injúrias com injúrias pois somente pelo perdão vivido explicitamente é que nos tornamos, de fato, filhos e filhas de Deus.

Assim Seja!

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