Reflexão do Evangelho da Segunda-Feira da I Semana da Quaresma no Ofício Divino em Esperança -PB
(Mt. 25,31-46)
(Mt. 25,31-46)
RODOLPHO RAPHAEL
Amados irmãos e Irmãs iniciando a primeira Semana da Quaresma, Jesus nos lembra de uma realidade inegável, que o dia de sua volta chegará, e que ele não mais voltará como o Messias, mas como o justo Juiz de todas as nações.
Embora, este Evangelho se refira ao Julgamento Final, não podemos esquecer que cada um de nós teremos o nosso Julgamento pessoal e ambos estão intimamente ligados. Talvez meus irmãos e irmãs nos perguntemos o "por quê", e a resposta nos podemos encontrar justamente na Carta de Paulo a Tiago que ressalta a importância de todos os cristãos, durante a sua vida terrena, não apenas desejar, mas esforçar-se por alcançar a fé com obras (Tg 2,14-24).
Nesta Quaresma meus amados, devemos fazer com que seja um tempo de renovar nosso caminho de fé, afinal a Fé sem obras é morta, e voltamos para a Quarta-feira de Cinzas onde Jesus nos convida com a sua pedagogia divina a vivenciarmos o Jejum, a oração e a esmola. A cena deste Evangelho, meus irmãos descreve Jesus na imagem do pastor: “Quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória. E serão reunidas em sua presença todas as nações e ele separará os homens uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos bodes, e porá as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda.” (Mt 25,31-33).
O Juízo Final revelará que a justiça de Deus triunfa de todas as injustiças cometidas por nós suas criaturas e que seu amor é mais forte que a morte. A mensagem deste Evangelho, meus irmãos e irmãs é um apelo à conversão, um apelo à prática da Caridade, ela que uma das virtudes teologais, e também compõe a pedagogia (Jejum, Oração e Esmola). Sem elas não pode haver uma verdadeira conversão.
“Tive fome e me destes de comer. Tive sede e me destes de beber. Era forasteiro e me acolhestes. Estive nu e me vestistes, doente e me visitastes, preso e viestes ver-me.” (Mt 25,35-36) Quem não conhece esta citação? Bento XVI em sua Encíclica “Caritas in Veritate” (Caridade em Verdade) nos diz que a Caridade é a via mestra da Doutrina Social da Igreja, e que ela dá verdadeira substância à relação pessoal com Deus e o próximo afinal, da caridade de Deus tudo provém, por ela tudo toa forma, para ela tudo tende.
Este Evangelho, meus irmãos e irmãs é questionador, pois identifica Jesus com os pobres e convoca a reconhecer o seu rosto no rosto dos pobres garantindo sua presença em todo tipo de sofrimento humano: nos famintos e sedentos, nos sem roupa e sem teto, nos enfermos e encarcerados, nos pequenos e perseguidos. Jesus defende a causa dos marginalizados denunciando a ordem injusta que gera a pobreza e ao mesmo tempo Jesus nos convoca a optar também pelos pobres e em nossos dias lutar por uma sociedade mais Justa e Fraterna.
Pratiquemos meus irmãos, nesse tempo da Quaresma a Caridade, que não passa apenas de uma palavra com 4 letras – “AMOR” o amor que é uma força que impele a nós cristãos a nos comprometermos com a coragem e generosidade. E neste Tempo favorável, tempo de amor, que nós reflitamos mais uma vez sobre o cerne da vida cristã: o amor. Este é um tempo propício para renovarmos, com a ajuda da Palavra de Deus e dos Sacramentos, o nosso caminho pessoal e comunitário de fé. Como bem enfatizou nosso Bento XVI “Trata-se de um percurso marcado pela oração e a partilha, pelo silêncio e o jejum, com a esperança de viver a alegria pascal”.
Comentários
Portanto se achamos que jejuar ou dar uma esmola e sacrifício nada se compara a morrer na crús por um povo que a cada dia, atualmente, se esquece mais e mais de seu salvador.
Portanto se achamos que jejuar ou dar uma esmola e sacrifício nada se compara a morrer na crús por um povo que a cada dia, atualmente, se esquece mais e mais de seu salvador.