Ele espera todos os dias por Ti…

O Beato João Paulo II Em sua carta apostólica “Mane Nobiscum Domine”, nos mostra o dom da Eucaristia como um grande mistério. Mistério esse a ser celebrado de maneira digna; que deve ser adorado e contemplado. Afinal, adorar o Cristo escondido nos sacrários do mundo inteiro é a confirmação de que ele é o Verbo que se fez carne e habitou em nosso meio.
Nesse contexto chegamos a conclusão de que a Igreja vive da Eucaristia, e o Concilio Vaticano II vem nos afirmar justamente que o sacrifício eucarístico é a “fonte e centro de toda vida cristã”, é nela que está contido  todo o tesouro espiritual da Igreja: O próprio Cristo que se torna remédio, força e auxilio poderoso que nos torna virtuosos e bons.
Bento XVI, nos alerta que é preciso educar os cristãos à Adoração Eucarística: “A prática da Adoração Eucarística é a estrada litúrgica por excelência para fundamentar a Eucaristia”, no entanto, muitos cristãos ainda desconhecem o ato de adorar como parte de uma vivência de oração – Santo Agostinho nos diz que “Sem adoração nossa oração é manca e imperfeita”. Por isso, é preciso praticar e, mais do que isso, conhecer as práticas para uma boa adoração.
Nesse âmbito vemos que adorar o Cristo num pedaço de pão nos faz recordar o compromisso que temos de render uma ação de graças a Deus e ao mesmo tempo participar da celebração central da Igreja que é a Eucaristia, alimento substancial dos discípulos e missionários.
Por sua vez a Igreja nos anima a estarmos diante do tabernáculo do Senhor: “A presença de Jesus no tabernáculo deve constituir como que um polo de atração para um número sempre maior de almas apaixonadas por ele, capazes de ficar longo tempo escutando a voz e quase que sentindo o palpitar do coração.” (MND, n. 18, p. 20).
Com isso, a Eucaristia nos dá a graça do amor, uma graça toda especial em virtude da qual amamos a Jesus Sacramentado, com amor de amizade e doação, graça que o Cristo trás consigo ao chegar-se em nós enquanto deposita em nossa alma o objeto desse mesmo amor, isto é, Ele mesmo.
Por outro lado, muitos têm colocado a adoração ao Santíssimo Sacramento como uma simples devoção dentre outras tantas. Necessário de faz saber que Cristo é simples e pobre, pois quis ficar de forma inesgotável entre nós. Contudo, adorar o Senhor em sua presença Consubstancialmente real, é bem diferente de realizarmos uma simples novena. Assim vemos João Paulo II nos dizer: “É preciso, em particular, cultivar, quer na celebração da missa, quer no culto eucarístico fora da missa, à viva consciência da presença real de Cristo”.
Por mais que o nosso dia esteja conturbado, o simples fato de entrarmos na presença de quem amamos permite que coloquemos todos os problemas em segundo plano. E este momento serve para nos colocarmos novamente na presença de Deus em corpo, mente e espírito, confiantes de que seremos recebidos como somos e estamos.
Falo agora me direcionando aos jovens que são inúmeros, que perdem literalmente a sua vida por prostrarem-se diante de mitos e ídolos criados por uma consciência racionalista. – Seria tão bom que ao em vez disso, imitássemos o grande número de santos e santas que na simplicidade, aprenderam a contemplar e adorar Jesus Eucarístico; sem sombra de dúvidas na Eucaristia encontraríamos  o alimento para trilharmos um caminho de perfeição.
Seria tão bom que os grupos, pastorais e movimentos de todas as comunidades paroquiais promovessem um avivamento eucarístico entre a juventude, semeando e promovendo a prática de adorar o Senhor na Eucaristia, presença forte e Real no meio de nós, afinal como bem dizia Santa Teresinha “Ele é o Amor e espera que o amemos” ele esta lá, escondido nos sacrários de todas as Igrejas, num simples pedaço de pão, e te espera para te Amar e te ouvir.
Visite-o!
Referências:
CELAM – Documento de Aparecida, 1 ed. 2007, Paulus – SP
SEGUNDO, João Paulo – Ecclesia de Eucharistia, 1 ed. 2003. Paulinas – SP
SEGUNDO, João Paulo – Mane Nobiscum Domine. 6 ed. 2007. Paulinas – SP

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