1º de Dezembro o “Lírio Verde da Borborema” como bem discorria o saudoso poeta e escritor Silvino Olavo comemora 86 anos de emancipação política; é um momento feliz para todos nós, momento este, onde o passado se torna presente na história e relembramos a luta dos nossos antepassados nos primórdios desta terra.
Foram eles: os índios Cariris que com valentia e ousadia resistiram à chegada dos portugueses, que por sua vez colonizaram e trouxeram aquele que celebrou a primeira missa, fincando as raízes da cristandade que ainda hoje domina os nossos sentimentos e nossa alma.
Assim foi se formando o povoado de Banabuyê, nome em seguida modificado para Boa Esperança e finalmente Esperança. Com ela nomes de destaques que fizeram e fazem a nossa história começaram a brotar, talvez pela influência política, cultural e comercial fatores fundamentais para sua emancipação.
O historiador e ex-prefeito Severino Ramos Pereira costumava dizer que “Esperança foi grande quando pequena” e realmente ele tinha toda razão, afinal a “encantadora Vila de Esperança”, lugar de gente ordeira e trabalhadora lutou pela sua emancipação e pelo fim do poder político imperante de Alagoa Nova sobre ela.
Poder que com o passar do tempo ainda continua, só que, com outras personagens, o avanço político e cultural de Esperança não existe mais, vemos uma cidade defasada com poucas opções de lazer e entretenimento, a política é desgastada e com ela o que sobrevive são as duas facções políticas, onde reina o coronelismo e acompanhado com ele o voto de cabresto, pode até parecer um paradoxo, afinal muito dos “coronéis esperancenses” dizem que Esperança é uma das terras mais progressistas e democráticas do compartimento da Borborema, mas não passa de pura demagogia.
O poder público seja quem for que esteja à frente, só pensa no próprio bem estar social, assim como os seus, a arquitetura que no passado fora arrojada está sendo destruída ao invés de ser preservada, prova disso, é o padecimento arquitetônico da Balaustrada, a possível demolição da Casa de Manuel Cabral, o abandono da Villa Santa Maria que está fechada e poderia ser um Museu, a negligência turística para com Monumento de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, enfim são muitas coisas que se fossem elencadas não sairíamos daqui, nesse contexto muitas vezes eu me pergunto onde está o poder executivo que nem se quer faz um ato de tombamento transformando tais prédios em patrimônio histórico?
A pirâmide etária aponta que no Centenário de Esperança em 2025 teremos poucas crianças e um número maior de idosos, será que ela (cidade) estará preparada pra isso? Será que daqui a 14 anos, (data dos 100 anos do munícipio) continuaremos com essa mesma “pitorescagem” na política? Não podemos nos ater no presente, devemos nos preocupar com o futuro, afinal ele só depende de nós.
Faço votos que o Lírio Verde da Borborema cresça ainda mais, não em extensão, mas em culturalidade, ideais e que surjam mais nomes de destaques como Silvino Olavo, o poeta simbolista, Irineu Joffly, o grande historiador, Padre Zé Coutinho conhecido pela sua benignidade para com os pobres, afinal este é um momento de louvar e refletir sobre esta cidade que todos nós ajudamos a construir.
Parabéns a esta terra abençoada, parabéns a nós que a fazemos. Um Feliz e Santo Natal! E que em 2012, possamos juntos: construir e galgar um Novo Tempo de Esperança, Paz, Saúde e Prosperidade em nossas Vidas.
Comentários