Reflexão - XXII Domingo do Tempo Comum - Ano A

Amados irmãos e irmãs, 


Refletimos neste domingo o chamado para ser profeta. Deus nos chama diariamente, e Ele não é um Deus fácil, manipulável, domesticável: ele seduz, atrai, e sua sedução no coloca em crise porque nos faz pensas as coisas de Deus, não as dos homens e isso nos faz nadar contra a corrente. Por mais que quiséssemos, já não seria possível esquecê-lo, fazer de conta que não o encontramos um dia! É o drama do profeta Jeremias na primeira leitura deste hoje: “Tu me seduziste, Senhor! ”É o que afirma o coração do Salmista: “Sois vós, ó Senhor, o meu Deus: a minha alma tem sede de vós, como terra sedenta e sem água! Vosso amor vale mais do que a vida!”

Meus irmãos, a história de Jeremias é a mesma história de todos aqueles que Deus chama a ser profetas. Ser sinal de Deus e dos seus valores significa enfrentar a injustiça, a opressão, o pecado e, portanto, pôr em causa os interesses egoístas e os esquemas sobre os quais, tantas vezes, se constrói a história do mundo; por isso, o “caminho profético” é um caminho onde se lida, permanentemente, com a incompreensão, com a solidão, com o risco. Deus nunca prometeu a nenhum profeta um caminho fácil de glórias e de triunfos humanos.

Pelo batismo, fomos ungidos como “profetas”, à imagem de Cristo. Pensemos no nosso caminho e escutemos a palavra do Senhor a nós, seus discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la!” Renunciar-se, tomar a cruz por causa de Jesus… por causa dele! Não há, não pode haver outro caminho para um cristão! Qualquer outra possibilidade é ilusão humana!

Por fim, Enquanto o mundo gira a Cruz permanece de pé!

Com a Cruz permanecendo em pé no mundo queremos rezar por todos os nossos irmãos leigos e leigos que fazem acontecer a Igreja na ponta das redes de comunidade. Entre os leigos e leigos queremos, de maneira especial, agradecer a Deus o trabalho silencioso e persistente de nossos catequistas, que são os principais colaboradores da nossa Igreja na Evangelização e proclamação do reino de Deus. Que Deus abençoe sempre os que dilatam o Seu Evangelho e que nunca falte a assistência da Trindade Santa, Amém! 

Um abraço, 


Rodolpho Raphael

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